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sábado, 12 de outubro de 2013


“Have seen a little girl? Short? Black hair?”

No final da década de 90, os jogadores já estavam bem acostumados com o gênero Horror/Survival - este que foi popularizado graças aos excelentes games Alone in the Dark e Resident Evil. Com o sucesso do gênero, foi natural que mais jogos do estilo surgissem, e uma fabricante que não ficaria de fora da onda de games do tipo “sobrevivência” era a lendária Konami.
Silent Hill chegou em 1999 e conseguiu se diferenciar de outros games do estilo; enquanto games como Resident Evil, Alone in the Dark e Dino Crisis criavam situações de violência e susto, Silent Hill focava-se mais em criar pânico e tensão no jogador.

Nenhuma cidade traz lendas mais estranhas do que Silent Hill, localizada às margens do lago Toluca. É neste cidade que se desenrola a complexa e macabra jornada de Harry Mason:

Sete anos atrás Harry Mason e sua esposa encontraram um bebê numa estrada e o adotaram como se fosse sua filha, eles deram o nome de Cheryl a ela. Mesmo depois que sua esposa faleceu, Harry continuou a amar Cheryl como sua própria filha.
No começo do jogo, nós encontramos Harry Mason e Cheryl, de férias, indo para Silent Hill. Estranhos eventos ocorrem antes que eles entrem na cidade. Uma policial, numa moto, passa à frente deles. Momentos depois, Harry vê a moto caída na beira da estrada e a policial não está em parte alguma. Logo depois, uma figura de uma garota subitamente aparece na estrada. Harry tenta desviar,derrapa o carro e desmaia.Quando retorna a consciência, Harry descobre que Cheryl se perdeu e ele se percebe no meio de um mal que devagar envolve Silent Hill, sem saber que a única maneira de sair dali é pelo sacrifício da própria filha.

A cidade de Silent Hill é dividida em três partes distintas: a Silent Hill normal, a Silent Hill escura e a Silent Hill alternativa. As leis da física parecem não existir na realidade alternativa, na qual a cidade mergulha de vez em quando. O chão é feito de grade sem nenhum tipo de sustentação visível (como se a cidade flutuasse, talvez para mostrar que aquela realidade não é física nem real), portas levam a lugares distantes (às vezes, separados até mesmo por quilômetros), mesmo sem energia elétrica, aparente, TVs e sons se ligam quando bem entendem e a lanterna e o rádio de Harry, apesar de portáteis, não conseguem acabar com as baterias.

Em Silent Hill, a personagem Alessa Gillespie e sua mãe Dahlia Gillespie são mostradas juntamente com outros personagens, tentando reviver o antigo culto da cidade. Dahlia tenta queimar sua filha, que tem poderes psíquicos e é chamada de bruxa no colégio, dentro de casa em sacrifício ao antigo deus do culto, Samael. Com quase 100% do corpo queimado e dominada por ódio, Alessa é levada ao Hospital Alchemilla, onde é colocada em um quarto obscuro de uma ala subterrânea para ser "tratada" e oferecida novamente em sacrifício. Mas, com seus poderes, Alessa divide sua alma em dois. Uma metade fica no hospital, dormente, sofrendo e tendo pesadelos constantes, e a outra metade é entregue nas mãos de Harry Mason e sua esposa.

Sua enfermeira pessoal, Lisa Garland, diz em um registro em video que não entende como o corpo de Alessa consegue se manter vivo com tantas queimaduras. Esta por outro lado, tem sua memória afetada durante a época de cuidado intensivo de Alessa por terem lhe sido administradas drogas pelo diretor do hospital, Dr. Michael Kauffman, que tem uma ligação de benefícios com Dahlia Gillespie.

Quando Cheryl é levada a cidade de Silent Hill, já com sete anos de idade, estranhos acontecimentos ocorrem. Alessa, já com 14 anos, acorda e sai do hospital para encontrar a sua metade. Isso ocorre quando Harry entra em um beco e é atacado por pequenos monstros chamados "Mumblers". Perdendo a consciência, ele é encontrado por Cybil Benett, a policial que ultrapassou o carro de Harry no início do jogo. Ai se inicia uma busca por sua filha perdida, que não tendo sucumbido totalmente a vontade de Alessa, deixa bilhetes para o pai, para que ele consiga seguí-la.

O Flauros é um objeto que pode acabar com os poderes de Alessa, assim como o Aglaophotis, que é apenas uma mistura de ervas sem valor no mundo real, mas que Alessa acredita ser fatal (juntamente com o Flauros, que ela acredita trazer os poderes de Metraton) e sendo criadora do submundo (devido aos pesadelos constantes que viveu durante tantos anos e que agora foram externados com a ajuda da sua outra metade), estas ervas e o Flauros são realmente fatais para os monstros.

A jogabilidade do game é satisfatória, com um sistema de visão em terceira pessoa, coma câmera posta atrás do personagem. Em alguns momentos e câmera é posta em locais fixos para dar maior apelo dramático/cinematográfico.

Outra característica do game é a neblina que encobre todos os cenários (nos ambientes macabros a escuridão ocupava seu lugar). Este é um artifício utilizado pela equipe para encobrir o cenário em constante construção, já que o PlayStation não tinha capacidade de processar e construir o mapa da cidade sem atraso de resposta (sem a neblina/escuridão o cenário provavelmente surgiria do nada conforme o jogador andasse pelo local).

Sem saber, a equipe construiu uma marca registrada da série.

O game apresenta diferentes finais, de acordo com as escolhas que o jogador faz durante o game. O destaque é para o final non-sense UFO, onde o protagonista é abduzido por um OVNI (esta é outra marca registrada da série).

A crítica recebeu o game com boas notas. Entretanto alguns pontos foram considerados, como a inevitável comparação com Resident Evil.

Os controles em um universo 3D foi apontada como um dos problemas do game, bem como algumas quedas de frames em situações mais dramáticas. Em contrapartida, o som do game foi muito bem elogiado, com boa dublagem nas animações e uma trilha sonora bem trabalhada, que coloca o jogador no ambiente do game.


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